Dinheiro Não Traz Felicidade (Prova disso Akeem e Keta)
AKEEM, JUVENTUDE E ILUSÃO
Não conhecia Akeem Matsinhe, não fosse um vídeo que circulou nas redes sociais, em que o jovem aparece numa rua da cidade de Maputo, acompanhado de elementos de segurança e a oferecer dinheiro.
Uma breve busca fez-me saber que trata-se sim de um jovem com menos de 25 anos, empresário que aposta no negócio da óptica, casado oficialmente com uma jovem com quem aparecia em vídeos e fotos nas redes sociais, a prestar ensinamentos sobre como ser e estar no relacionamento.
Consta-me também que Akeem é palestrante sobre empreendedorismo e, mais do que tudo, já teve aparições em programas de televisão a oferecer dinheiro. Aliás, nos vídeos por si postados nas redes sociais, uma das principais marcas é a exibição de luxo e dinheiro, pelo que, tal facto, leva o jovem a ter milhares de seguidores, parte considerável deles que o elogiam e depois fazem pedidos.
QUE LIÇÕES?
Akeem pode ser o exemplo do cancro que degenera no seio dos jovens. Que cancro é esse? A ideia de que a felicidade se resume no dinheiro. Nas suas palestras, Akeem ensina supostas fórmulas que podem enriquecer facilmente; pouco fala do trabalho árduo e honesto; e nem sublinha que nem todos podem ser ricos, ainda que bebam todo coaching do mundo.
Ao distribuir somas avultadas, de forma desenfreada, em redes sociais, Akeem presta péssimo exemplo e uma ideia errada de apoio ao próximo, pois, muitas vezes, o faz porque quer ser o centro das atenções. Já ouvi várias vezes “partilhe a live e ganhe dinheiro”. Chama-se prepotência. É que no mundo há inúmeros bilionários, que não se exibem e doam seus lucros aos pobres, aos centros de acolhimento de necessitados, orfanatos e diversas organizações.
Nada contra Akeem. Muito pelo contrário. Quero crer que é Deus quem é o concedeu riqueza, a ter que ser honesta.
Ora, só faço leituras ao que chamo contra ilusão, para com certos factos das redes sociais.
Texto de Vanito Romeu Carlos